Nascido em uma família rica e graduado pela Universidade de Tóquio em 1954, Isozaki iniciou sua carreira trabalhando com Kenzo Tange. Em pouco tempo, se tornou seu protegido e mesmo depois de deixar a empresa de Tange em 1963, continuou trabalhando com seu antigo mentor ao longo dos anos 1970.
Rapidamente conquistou reconhecimento na arquitetura, atraindo a atenção para a Biblioteca da Prefeitura de Ōita de 1966, um edifício de concreto que compartilha traços tanto com o brutalismo quanto com o metabolismo – um projeto que lhe rendeu prestigio o suficiente para que fosse convidado para ser o arquiteto-chefe da Expo de Osaka de 1970, ao lado de Tange.
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Igualmente rápida foi sua recusa em aceitar qualquer categorização de sua obra. Suas primeiras obras de influência modernista rapidamente deram lugar a experimentações que incorporavam ideias contextualistas e pós-modernas. Seu senso de humor ajudou; o Fujimi Country Club (1973) na cidade de Oita assume a forma de um ponto de interrogação – supostamente simbolizando a perplexidade do arquiteo diante da obsessão nacional pelo golfe.
De qualquer maneira, seu estilo idiossincrático chamou a atenção; na década de 1980 desenvolveu o projeto para o Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles e, posteriormente, recebeu comissões para os Jogos Olímpicos de 1992 e 2006 – ambas bem recebidas pela crítica por sua atenção aos locais onde foram construídas.
Segundo seu website, "Isozaki criou uma arquitetura tão pessoal em suas ideias e espaços que desafia a caracterização a partir de qualquer escola de pensamento. Ao mesmo tempo, resiste à tentação de aplicar uma assinatura em seus trabalhos, preferindo desenvolver soluções arquitetônicas específicas aos contextos político, social e cultural dos clientes e dos lugares em questão". Ainda hoje desafiando rótulos, seus projetos continuam a equilibrar pureza e complexidade.
Nas últimas décadas, Isozaki recebeu alguns dos prêmios de maior prestígio em nosso campo, entre eles a RIBA Gold Medal em 1986, o Honor Award do American Institute of Architects em 1992, o Leão de Ouro da Bienal de Arquitetura de Veneza em 1996 e, mais recentemente, o Prêmio Pritzker em 2019.